sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vou ter que parar!

Acontece algo incrível
são tantos temas presos em mim,
são tantas palavras carcomento a voz
grave e suave,
cavocando as cordas vogais,
convidando a raiva para o seu...
cantar de tosse!
Aflita-me porque todos estão aí,
mas, não conseguem conversar,
entrar em acordo democrático
de quem vai ser o primeiro a falar!
Vou ter que parar...

Bruno Sayão
10/10/2011 - São Sebastião

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A chuva

Soa o som do sono,
sadia paz das primeiras horas...
Bate a contínua gota do canto,
sem palavras...
Do gole sem álcool,
do repouso sem rede,
descansa brevemente!
Suspiram pingos d'alma,
merecido vôo para longe
do mar de palavras,
sabedoria,
merece repouso...
Das águas se fez levitar,
sem destino prévio deixou se levar,
foi para o alto
para bem longe,
foi até aonde não podia mais...
Condensar!
(sorriso) =]
Pronto novamente para recomeçar!
Soa o som do sono...

Bruno Sayão

01/01/2011 - São Sebastião

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vida Brusca... E Brusca!

Roçam os cílios de minha traquéia

Em seus movimentos coordenados e esforçosos,

Força grandiosa dos inúmeros pares de microtúbulos

Tentando sacar do âmago do meu ser,

As palavras...

Que persistem em seu ciclo reprodutivo

de inúmeros órgãos hospedeiros-intermediários...

Tento aprisioná-las com a minha probóscide captadora de palavras,

Na difícil tarefa de paciência...

Mas, já possuo um sistema unidirecional de vogais e de letras,

E portanto, posso resgatar os pensamentos e emoções perdidas

Nos meus clados ancestrais

De Brunos, Josés e Marias,

Esponjas, velelas, tênias e nemertinas...

Enfim,

È a eterna apresentação do “Conhecimento” ao “Dr. Conhecer-se”,

Prazer,

Metazoa!


Bruno Sayão

São Sebastião, 17/01/2010

*participação, Rafael Moglie Duarte