sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O periquito manco

Os passeios com o Toby sempre são momentos de divagações, comigo mesmo e com ele, no entanto, hoje a tarde algo inusitado aconteceu!
Na frente de casa, conversando com o porteiro ainda na rua, ouvimos um piado muito forte:
Piiiiuuuuuu !!!!!!! Piiiiuuuuuu!!!!!!!
Eu ornitólogo logo percebi que se tratava de um pisttacídeo, no entanto, não conseguia achar onde estava o dito cujo.
Procurava-o olhando para as árvores e nada, três mulheres passaram na rua e escutaram o forte piado do periquitinho:
-Piiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuu!!!!!!!
E através delas consegui visualiza-lo, estava do outro lado da rua perto do registro de água na casa de um senhor.
Logo os olhos das mulheres saltaram e percebeu-se a vontade de levar o periquitinho para a casa de uma delas, mas o porteiro do prédio gritou perguntando para as meninas:
-É um periquito mancooooo??? Ele tem uma perna só???
Elas responderam:
-Siiiiiiiiiiiiiimmmmm!!!
E ele retrucou:
-O periquito manco é do garoto daquela casa ali, fugiu hoje!
E pediu para eu ir avisá-lo...
E lá fui eu, chamei o rapaz. Ele estava com o olho todo vermelho de tanto chorar e logo saiu em disparada para ver o seu bichinho...
Quando o viu, chegou perto do portão da casa do senhor e o periquito manco reconheceu o seu dono, veio piando e manquitolado para as mãos do dono, que havia se abaixado na calçada.
Uma cena linda que ficará na minha memória para sempre o periquito manquitolando em direção ao seu dono, o amor de um animal para com um homem!
O dono dele chorava feito criança e beijava o periquitinho, não ligando para as pessoas na rua.
Nos agradeceu muito e voltou para casa respingando em lágrimas, agora de felicidade!
Um periquito manco e um homem...
Como é bom vivenciar as diversas vertentes dessa coisa adorável chamada de amor...
Amo a vida!

2 comentários:

  1. Ah Sayão...q lindo...chorei hehe mas é q eu lembrei de uma história minha. Um dia meu pai sem querer deixou minha cachorra, a Salita, pra fora de casa, ele fechou o portão e não viu que ela tinha fica lá fora. Eu, como em todas as noites, fui procurá-la pra gente dormir juntas e não achei em parte alguma. Surtei, sai de pijamas aos prantos na rua, morava do lado de uma avenida movimentada, de cara imaginei o pior. Mas, graças a Deus, eu desci a avenida e a encontrei junto de um menino e um poodle. A reação dela acho que foi a mesma que a minha, de um alívio e alegria imensa, que eu fiquei alguns minutos abraçando-a no local que a encontrei.
    Ás vezes os olhinhos dela me dizem mais coisas do que qualquer palavra que uma pessoa possa dizer. Eles confortam, mas também repudiam, de maneiras que me fazem me sentir realmente amada.

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  2. sua história é linda tbm! quase chorei! um bjo querida!

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